sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Titãs






Titãs é uma banda de rock brasileira formada em São Paulo, em 1982. Ativa há trinta anos, tornou-se uma das quatro maiores bandas do BRock, ao lado de Legião Urbana, Os Paralamas do Sucesso e Barão Vermelho. Algumas de suas músicas de maior sucesso são Sonífera Ilha, Flores, Polícia, Família, Comida, O Pulso, Go Back, Domingo, Enquanto Houver Sol, Homem Primata, Bichos Escrotos, Cabeça Dinossauro, Pra Dizer Adeus, Marvin, AA UU, Epitáfio, Diversão e Porque Eu Sei Que é Amor.





A maioria dos integrantes da banda se conheceu no Colégio Equipe, em São Paulo, no final da década de 1970 e, a partir de uma apresentação na Biblioteca Mário de Andrade no ano de 1981, passaram a fazer shows em várias casas noturnas da cidade, com o nome Titãs do Iê-Iê.
Antes do surgimento dos Titãs do Iê-Iê, os integrantes da banda já tocavam em vários grupos. Arnaldo Antunes e Paulo Miklos eram parte da banda Performática; Nando Reis era percussionista da banda Sossega Leão; Branco Mello, Marcelo Fromer e Tony Bellotto formavam o Trio Mamão e as Mamonetes, que chegou a se apresentar na televisão, num programa em que Wilson Simonal, após a apresentação dos 3 garotos, disse que eles precisavam evoluir, e que tinham um gosto mais moderno. Sérgio Britto e Marcelo Fromer também chegaram a se apresentar no Chacrinha, sendo "gongados" cantando a música "Eu Também Quero Beijar", sucesso de Pepeu Gomes.
O primeiro show dos ainda Titãs do Iê-Iê ocorreu no dia 28 de setembro de 1982, no SESC Pompeia, descrito pelo hoje baixista e vocalista da banda Branco Mello como uma "sessão maldita", pois teria começado muito tarde, após a meia-noite. No início, a banda contava com visual extravagante, com penteados estranhos, maquiagens e ternos coloridos e gravatas de bolinhas. Além disso, a primeira formação contava com 9 integrantes, sendo eles Arnaldo Antunes, Branco Mello, Marcelo Fromer, Nando Reis, Paulo Miklos, Sérgio Britto, Tony Belloto, Ciro Pessoa e André Jung, dos quais 6 deles eram vocalistas. Arnaldo, Ciro e Branco eram apenas vocalistas. Sérgio Britto cantava e tocava teclado em algumas músicas. Paulo Miklos e Nando Reis se revezavam no baixo e cantavam, Tony e Marcelo tocavam guitarra e violão respectivamente e André Jung tocava bateria.






Em 1984, Ciro Pessoa decide sair da banda. Logo depois, assinam com a gravadora WEA e gravam seu primeiro disco, agora com o nome oficial de Titãs, retirando o Iê-Iê, que causava problemas na fala de apresentadores de rádio e casas de show, pois sempre era confundido com Iê-Iê-Iê, vertente da qual se originou a Jovem Guarda.
Nesse disco homônimo estão grandes sucessos da banda como "Sonífera Ilha", que foi em 1984 a música mais tocada nas rádios brasileiras, rendendo à banda diversas apresentações em programas do Raul Gil e Chacrinha.
Nesse mesmo disco, os Titãs colocaram nas rádios a música "Toda Cor", além de uma das mais importantes da história da banda: "Marvin". Embora ela faça parte desse disco, não fez sucesso naquele momento, fato que ocorreria quatro anos mais tarde, quando os Titãs lançaram uma versão mais técnica e melhorada da música. O mesmo fato aconteceria com outra faixa do disco, Go Back.





 Após um show no Rio de Janeiro, no final de 1984, os Titãs decidiram substituir o baterista André Jung por Charles Gavin. Há tempos a banda não estava satisfeita com a forma com que André tocava e, conforme a insatisfação com ele aumentava, crescia também a admiração por Charles Gavin, baterista que estava naquele momento ensaiando com o RPM, e que também já tinha feito parte do grupo Ira!. A notícia de que seria substituído na banda não agradou André, pois ele pretendia passar o ano novo com sua namorada no Rio de Janeiro e celebrar o sucesso da canção "Sonífera Ilha". Com a decisão da banda, André voltou para São Paulo e dois dias depois entrou para o grupo Ira!. Outro músico que não ficou satisfeito foi Paulo Ricardo, que descobriu que Charles Gavin tinha saído do RPM ao assistir um programa de TV, que mostrava a preparação do Titãs para um show, já com Charles entre seus integrantes. Este fato deixou um clima tenso entre o baixista e vocalista do RPM e o novo baterista dos Titãs.




 Os Titãs gravaram seu segundo disco em 1985, Televisão, produzido por Lulu Santos. O disco serviu para colocar a faixa-título nas rádios, além das músicas Insensível, O Homem Cinza, Massacre e Dona Nenê. A banda ainda não conseguia colocar no disco todo o peso que tinha no palco e, além disso, a produção de Lulu Santos não agradou muito ao octeto. A ideia do LP, de que cada faixa representasse um canal televisivo, também contribuiu para o fato de que o disco não tivesse uma unidade maior. As vendas foram bastante modestas. Cerca de 25 mil exemplares foram vendidos.





Em novembro de 1985, Tony Bellotto e Arnaldo Antunes foram presos (o primeiro por porte e o segundo por porte e tráfico de heroína). Bellotto foi libertado sob fiança. Arnaldo Antunes, por sua vez, permaneceu atrás das grades por mais tempo, sendo libertado após um mês. O episódio teve um grande impacto na banda. Ofertas de shows escassearam e os Titãs perderam sua aura de "inocência" diante da mídia.
Após esses acontecimentos, os Titãs entraram novamente em estúdio, cuja principal mudança veio na parte da produção do disco, que ficou a cargo de Liminha, o principal produtor da época. As relações entre a banda e o produtor não eram das melhores, devido a uma declaração de Branco Mello de 1985 em que dizia que "todos os discos que Liminha produzia pareciam iguais" e também "que era bom mesmo que Liminha não produzisse a banda". O produtor, ao saber disso, não perdeu a chance de jogar as declarações na cara da própria banda, antes de aceitar assumir o projeto. Após o mal-entendido, o grupo e o produtor iniciaram uma grande parceira, que também se repetiria nos próximos três discos da banda. Liminha conseguiu fazer com que a banda colocasse em disco todo o peso dos shows. Também foi o primeiro produtor que realmente teve coragem de sugerir mudanças em algumas faixas, coisa que até aquele momento a banda não aceitava.
Em junho de 1986 é lançado o terceiro álbum da banda, Cabeça dinossauro. O disco mostrou a banda com uma sonoridade mais agressiva, visto as influências da cultura punk em letras contundentes que não poupavam as principais instituições da sociedade brasileira ("Estado violência", "Polícia", "Família" e "Igreja"). A canção "Igreja" chegou a causar discordância na banda: enquanto a maior parte dos integrantes considerava a canção genial, Arnaldo Antunes não se sentia bem com os versos "Eu não gosto de padre, eu não gosto de madre, eu não gosto de frei... Eu não entro na igreja, não tenho religião...". Também havia divergências religiosas entre dois integrantes: Arnaldo sempre declarou acreditar em Deus, ao contrário do baixista Nando Reis (autor da canção), que sempre se declarou ateu. Devido a isso, sempre que a canção era tocada, o vocalista se retirava do palco, em um silencioso protesto.
Devido ao tom agressivo, Cabeça dinossauro foi praticamente barrado nas rádios e na televisão, porém a situação começava a mudar. Após um começo de turnê desapontador (shows para 30 ou menos pessoas), as apresentações cada vez mais agressivas passaram a atrair milhares de pessoas. O marketing espontâneo não demorou muito e, por fim, os Titãs ganharam seu primeiro disco de ouro. Sem outra alternativa, as emissoras se renderam ao sucesso e começaram a tocar. Algumas se davam ao luxo de pagar multas para tocar as faixas censuradas, como "Bichos Escrotos".




"Cabeça Dinossauro" abriu várias portas para os Titãs. Além do aumento do número de shows, do cachê e da atenção da mídia em cima do trabalho do grupo, a última faixa do disco abriu portas para uma nova sonoridade que seria muito utilizada no disco seguinte da banda. "O quê?", 13º faixa do álbum, foi gravada de forma diferente das demais do disco. Nela foram utilizados samplers, além de bateria eletrônica. Sua gravação durou uma semana, e o resultado agradou tanto à banda quanto aos fãs.

Era dessa forma que os Titãs estavam no ano de 1987. O último disco era aclamado por público, crítica e artistas de várias estirpes da música, como Caetano Veloso e Legião Urbana.
A glória e a descoberta de novos caminhos sonoros estimulou a banda a entrar em estúdio para gravar seu 4º disco, Jesus não tem dentes no país dos banguelas. Curiosidade: os lados A e B do LP foram batizados de Lado J e Lado T, para que o público não ouvisse automaticamente o lado onde estariam apenas os grandes sucessos. A utilização de samplers e bateria eletrônica foi constante nas primeiras 7 faixas do disco, causando grande revolução sonora. Dentre as faixas, destacam-se a faixa-título, Diversão, Corações e mentes e Comida, enquanto as outras seguiam a linha ditada pelo disco anterior, como em Lugar Nenhum, Nome aos Bois e Desordem.
O disco seguiu o ritmo de vendas do disco anterior, e colocou de vez os Titãs entre as grandes bandas nacionais, graças ao sucesso da parceria com Liminha. O produtor chegou a ser considerado o "9º titã", devido às participações em shows do grupo paulista.
Após algumas apresentações internacionais, a banda gravou ao vivo uma seleção de músicas antigas e lançou o álbum "Go Back", em 1988.
O auge da parceria Titãs-Liminha consolidou-se em "Õ Blésq Blom", lançado em setembro de 1989, uma das produções mais populares até então. Seus principais sucessos eram "Miséria", "Flores", "O Pulso" e "32 Dentes". Um dos destaques curiosos deste trabalho foi a participação especial do casal de repentistas pernambucanos Mauro e Quitéria, descobertos pela banda numa praia de Recife.




Lançado em 1991, na baixa do mercado fonográfico brasileiro oriunda da crise econômica do governo Fernando Collor de Mello, "Tudo ao Mesmo Tempo Agora" foi um baque para os críticos, defensores incondicionais da banda.
O disco marca uma retomada da estética de "Cabeça Dinossauro", no entanto mais cru, com mixagem irregular e canções escatológicas. Num arroubo de confiança, os próprios integrantes produziram o disco e o fracasso comercial do trabalho foi possivelmente o estopim para a saída de Arnaldo Antunes, que passou a se dedicar a uma carreira solo.
"Titanomaquia" de 1993 continuou o trabalho anterior, com uma instrumentação "pesada" e letras escatológicas, mas com a novidade de contar com a produção de Jack Endino, produtor de bandas importantes como o Nirvana, Soundgarden e Skunkworks, 3° álbum solo de Bruce Dickinson, vocalista do Iron Maiden. A mídia se mostrou mais receptiva, mas as vendagens continuaram modestas.
 Após passar o ano de 1994 de férias, os Titãs voltaram em 1995 para lançar um novo disco. Domingo trouxe um Titãs menos escatológico, porém com um som ainda pesado. O disco serviu para que a banda acabasse com os rumores de que iria se separar. Nesse disco, os Titãs fizeram sua primeira cover.

Em 1997, para comemorar os 15 anos de carreira, a banda aceitou participar do projeto Acústico MTV. O CD e vídeo, gravado no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro, chegou ao impressionante número de 1,7 milhões de cópias, mostrando um lado desconhecido do grupo: os sete integrantes, junto com o produtor Liminha, tocando instrumentos desplugados, em ritmo menos barulhento.
Além de ser o Acústico mais vendido do Brasil, também contou com grupos de cordas e metais. O disco também trouxe várias participações especiais: o cantor argentino Fito Paez e o reggaeman Jimmy Cliff, além das cantoras Marisa Monte, Marina Lima e Rita Lee. As duas últimas, gravaram sua participação em estúdio. Destaque também para o ex-titã Arnaldo Antunes, que também participou do disco na canção "O Pulso". Para a crítica e maioria dos antigos fãs, esse foi o último disco considerado bom da banda. O sucesso do disco foi bastante refletido nos dois discos seguintes.

Aproveitando-se do sucesso do disco anterior, a banda lançou em 1998 Volume Dois, uma espécie de continuação do "Acústico", com releituras de outros sucessos e faixas inéditas. Entre os principais destaques estavam as inéditas Sua Impossível Chance e Amanhã Não Se Sabe e a releitura de Insensível, do segundo disco da banda. Porém, o boom veio com a regravação de É Preciso Saber Viver, um antigo sucesso de Roberto Carlos, que consolidou o ótimo desempenho do álbum, que chegou a 800 mil cópias. A crítica mostrou-se menos receptiva, chegando a alegar que a banda teria se vendido ao mercado.
A banda recebeu o Troféu Imprensa do mesmo ano, como Melhor Conjunto Musical de 1998.
Em 1999, veio o disco As Dez Mais, o primeiro trabalho inteiramente não-autoral. Com dez faixas, sendo regravações de cantores como Tim Maia, Roberto Carlos e Raul Seixas, e bandas como Legião Urbana e Ultraje a Rigor.
"As Dez Mais" também teve sucesso de vendas, com 500 mil cópias, porém a crítica reviveu sua virulência dos tempos de Tudo Ao Mesmo Tempo Agora. A maior parte das críticas foi contra a regravação de Pelados Em Santos, sucesso dos Mamonas Assassinas que ajudou a alavancar as vendas dos Titãs. Outros também disseram novamente que a banda havia "se vendido" ao mercado.

Em 2001, os Titãs assinaram com a Abril Music e estavam prestes a iniciar a gravação de mais um trabalho. Porém, no dia 11 de Junho de 2001, o guitarrista Marcelo Fromer foi atropelado por uma moto em São Paulo e morreu dois dias depois.
Pensou-se na época que a morte de Fromer seria o fim da banda. João Augusto, então diretor da Abril Music, chegou a declarar que concordaria com qualquer decisão, caso a banda anunciasse uma possível separação. Porém, eles decidiram seguir em frente.

Fromer era o responsável pela guitarra base da banda. Com o início das gravações de A Melhor Banda de Todos os Tempos da Última Semana, houve dúvidas sobre a gravação: Tony Bellotto, guitarrista solo, pensou em gravar todas as guitarras do disco, porém mudou de ideia. Chegou-se a propor que Paulo Miklos e Branco Mello se revezassem no instrumento, porém a decisão final foi convidar o músico Emerson Villani, que já tinha tocado com a banda durante alguns shows e turnês, inclusive substituindo Marcelo no ano de 1998, quando ele foi convidado para comentar a Copa do Mundo FIFA de 1998 pelo canal SporTV.
O repertório permaneceu inalterado: as 16 faixas já haviam sido escolhidas antes da morte de Fromer.
Seus principais sucessos foram as canções "A Melhor Banda de Todos os Tempos da Última Semana", "O Mundo é Bão, Sebastião!", "Epitáfio" e "Isso". Esta penúltima foi o maior sucesso dos Titãs em 2002.
Agenda cheia, grandes premiações, grande sucesso, porém uma pessoa não estava em sintonia com as alegrias e ambições futuras da banda.

Nando Reis, o baixista, declarou em 2002 que não se sentia preparado para gravar mais um disco com a banda, alegando que as mortes do guitarrista Marcelo Fromer e também da cantora Cássia Eller, grande amiga do músico, ainda o abalavam muito.
Na ocasião, a saída foi oficializada, ainda que o baixista nunca tenha dito aos companheiros que estava pulando fora. O processo de separação já existia desde 1993, quando Nando não conseguiu se adaptar ao estilo pesado do disco Titanomaquia, ao mesmo tempo que gravava com artistas da MPB.
No dia 9 de setembro, a banda e o músico lançaram comunicados no site oficial falando sobre as razões da separação.

Em 2003, os Titãs lançaram o disco Como estão vocês?. O disco não vendeu tanto quanto o último, porém seguiu a linha pop/rock, que a banda assumira no disco anterior. O álbum conseguiu emplacar quatro sucessos, "Eu não sou um bom lugar", "Enquanto houver sol", "Provas de amor'" e "Vou duvidar. Recentemente, em 2005, lança o terceiro disco ao vivo de sua história, e o primeiro gravado no Brasil, "MTV Ao Vivo", com algumas músicas dos 25 anos de história da banda e com as inéditas "Vossa Excelência" (composta em meio ao Escândalo do Mensalão), "Anjo Exterminador" e "O Inferno São Os Outros".
É inegável que os Titãs, graças a seus discos clássicos da segunda metade dos anos 1980, têm lugar de destaque na história da música popular brasileira da segunda metade do século XX, bem como continuam influenciando bandas contemporâneas.
Jovens artistas brasileiros que se destacam por seu conteúdo "engajado" e letras "inconformistas" são também corriqueiramente associados aos Titãs, principalmente da fase Cabeça Dinossauro.
Em 2007, os Titãs completam 25 anos de carreira, comemorados com uma série de shows junto com os Paralamas do Sucesso, que também completam 25 anos de carreira. A série de shows, que se estendeu pelo ano de 2008, culminou em um espetáculo realizado na Marina da Glória, Rio de Janeiro, em janeiro de 2008, e lançado em CD e DVD intitulado Paralamas e Titãs: Juntos e Ao Vivo.
Em 2009, Branco Mello confirma no site oficial dos Titãs a estreia, em fevereiro, do filme A Vida Até Parece uma Festa. Exibido no circuito paulistano, o filme dirigido por Branco Mello e Oscar Rodrigues Alves recebeu elogios da crítica especializada; especialmente da Revista Veja que deu três estrelas para o documentário. No dia 01º de Outubro de 2009, o documentário é eleito o melhor do ano na categoria Filme/Documentário de música do VMB.

Após 6 anos sem lançar um disco de estúdio (o mais longo período da carreira da banda), na primeira quinzena de junho de 2009 foi lançado Sacos Plásticos, produzido por Rick Bonadio e lançado por sua gravadora, a Arsenal Music (com distribuição da Universal Music). O disco marca a entrada da banda em um novo selo, depois de seis anos pela Sony BMG.
Bonadio ficou conhecido por produzir bandas de hardcore, popcore e, recentemente, emocore, como as bandas Charlie Brown Jr., Tihuana, CPM 22, Hateen, NX Zero, Fresno, Strike entre outras. Além disto, também foi produtor dos extintos Ira! (nos álbuns Acústico MTV e Invisível DJ) e Mamonas Assassinas (sendo apelidado por eles de "Creuzebek").
Os dois primeiros singles do disco são "Antes de Você" e "Porque Eu Sei Que é Amor", ambas na voz de Paulo Miklos. As canções foram incluídas nas trilhas sonoras de duas telenovelas da Rede Globo: Caras & Bocas (19h) e Cama de Gato (18h), respectivamente. A trama das 18h ainda tem como tema de abertura "Pelo Avesso", do disco Como Estão Vocês? (2003), na voz de Sérgio Britto.
A banda dispensou seus músicos de apoio, tornando-se apenas um quinteto. Branco Mello, vocalista, assume o baixo em definitivo (em outras turnês, Branco tocava apenas em algumas músicas). Sérgio Britto, tecladista e vocalista, também se divide entre o teclado e o baixo. O também vocalista Paulo Miklos, por sua vez, assume a guitarra rítmica. Tony Bellotto e Charles Gavin continuam como, respectivamente, guitarrista solo e baterista.
Sacos Plásticos foi o disco da banda que contou com o maior número de videoclipes em toda a história dos Titãs. Ao todo, foram 5 clipes; Antes de Você, Porque Eu Sei Que é Amor, A Estrada, Amor Por Dinheiro e Quanto Tempo (a ser dirigido pela atriz Malu Mader, esposa de Tony Bellotto).

No dia 12 de fevereiro de 2010, os Titãs anunciaram em seu site oficial que o baterista Charles Gavin estaria deixando a banda por motivos pessoais. Os outros quatro músicos continuarão com seus compromissos relacionados à turnê do álbum Sacos Plásticos, e o baterista contratado para acompanhar a banda é Mario Fabre. Segundo o guitarrista Tony Bellotto, Charles Gavin saiu da banda porque "É difícil envelhecer num grupo de rock".
Dias após a esse comunicado, Gavin disse em entrevista, que sua saída já estava acertada desde a pré-produção do álbum Sacos Plásticos e durante a turnê com Os Paralamas do Sucesso. Um dos problemas de Charles, foram sintomas de pânico e depressão, além do grande desgaste de 25 anos de turnês. Gavin pensou em se licenciar durante a Sacos Plásticos Tour (2009-2010), mas disse que não dava pra ficar longe dos Titãs com tantos compromissos.


No dia 23 de Setembro de 2011, ao lado d'Os Paralamas do Sucesso, a banda participou do show de abertura da quarta edição do Rock in Rio, no palco principal. O show contou com a abertura de Milton Nascimento, ao lado de Tony Belloto e da Orquestra Sinfônica Brasileira, tocando Love Of My Life, do Queen. O show também contou com a participação de Maria Gadú. No dia 2 de Outubro de 2011, a banda se apresentou no palco sunset do festival ao lado da banda portuguêsa Xutos & Pontapés.
Logo após a essas apresentações, é encerrada a Sacos Plásticos Tour, que durou dois anos e deu lugar ao novo show Futuras Instalações. A nova turnê nada mais é que um teste para novas canções que estarão no novo álbum da banda, previsto para 2012/2013, além da banda tocar alguns clássicos.
Além do novo álbum e da nova turnê, está previsto para este ano, o show Cabeça Dinossauro, onde a banda irá executar o clássico lançado em 1986 na integra, o retorno a gravadora Warner Music, com o relançamento da discografia da banda lançada entre 1984 e 1999, e uma turnê comemorativa de 30 Anos de Carreira, com a presença de Arnaldo Antunes, Nando Reis e Charles Gavin, ex-integrantes da formação clássica dos Titãs. O show foi confirmado por Paulo Miklos antes de uma apresentação em Manaus.Em São Paulo, cidade natal da banda, o show de celebração dos 30 anos ocorreu no Espaço das Américas, na Barra Funda, na noite de 6 de outubro de 2012.



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Titãs - Não Vou me Adaptar


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Chico Science e Nação Zumbi







Francisco de Assis França, mais conhecido pela alcunha de Chico Science (Olinda, 13 de março de 1966 — Recife, 2 de fevereiro de 1997) foi um cantor e compositor brasileiro, um dos principais colaboradores do movimento manguebeat em meados da década de 1990. Líder da banda Chico Science & Nação Zumbi, deixou dois discos gravados: Da Lama ao Caos e Afrociberdelia, tendo sua carreira precocemente encerrada por um acidente de carro numa das vias que ligam Olinda e Recife. Seus dois álbuns foram incluídos na lista dos 100 melhores discos da música brasileira da revista Rolling Stone, elaborada a partir de uma votação com 60 jornalistas, produtores e estudiosos de música brasileira. Da Lama ao Caos na 13ª posição e Afrociberdelia em 18° lugar. Em outubro de 2008, a revista Rolling Stone promoveu a Lista dos Cem Maiores Artistas da Música Brasileira, cujo resultado colocou Chico Science em 16ª lugar.







Chico Science participava de grupos de dança e hip hop em Pernambuco no início dos anos 1980. No final da década integrou algumas bandas de música como Orla Orbe e Loustal, inspiradas na música soul, no ska, no funk e no hip hop, Suas principais influências músicais eram James Brown, Grandmaster Flash e Kurtis Blow entre outros artistas de destaque da soul music norte-americana. A fusão com os ritmos nordestinos, principalmente o maracatu, veio em 1991, quando Science entrou em contato com o bloco afro Lamento Negro, de Peixinhos, subúrbio de Olinda. Misturou o ritmo da percussão com o som de sua antiga banda e formou o Nação Zumbi. A partir daí o grupo começou a se apresentar no Recife e em Olinda e iniciou o "movimento" mangue beat, com direito a manifesto ("Caranguejos com Cérebro", de Fred 04, do Mundo Livre S/A).
Em 1993 uma rápida turnê por São Paulo e Belo Horizonte chamou a atenção da mídia. O primeiro disco, Da Lama ao Caos teve boa receptividade da crítica e projetou a banda nacionalmente. O segundo, Afrociberdelia, mais pop e eletrônico, confirmou a tendência inovadora de Chico Science e Nação Zumbi, que excursionaram pela Europa onde encontraram Os Paralamas do Sucesso e Estados Unidos onde tocaram juntamente com Gilberto Gil onde fizeram sucesso de público e crítica. Gil considerava Chico Science (juntamente com o grupo baiano Olodum e o compositor Carlinhos Brown) como "O que surgiu de mais importante na música brasileira nos últimos vinte anos". A Nação Zumbi lançou um CD duplo em 1998, depois da morte do líder, com músicas novas e versões ao vivo remixadas por DJs. A família de Chico Science recebeu indenização de cerca de 10 milhões de reais da montadora Fiat, responsabilizada pela morte do cantor e compositor no acidente que lhe tirou a vida, devido a falhas no cinto de segurança do carro que dirigia e que poderia ter lhe poupado a vida.





 Chico Science & Nação Zumbi - A Cidade











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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Gabriel ... O Pensador






Gabriel Contino (Rio de Janeiro, 4 de março de 1974), mais conhecido pelo nome artístico Gabriel o Pensador, é um rapper, compositor, escritor e empresário brasileiro. Iniciou sua carreira musical ao lançar uma fita demo com a música "Tô Feliz (Matei o Presidente)" e logo foi contratado pela Sony Music. Pela gravadora tem lançados sete álbuns: Gabriel o Pensador, Ainda É Só o Começo, Quebra-Cabeça, Nádegas a Declarar, Seja Você Mesmo (mas não Seja sempre o Mesmo) e Cavaleiro Andante. Sem Crise foi lançado independentemente.
Além de cantor, Gabriel é escritor e lançou em 2001 o livro autobiográfico Diário Noturno, quatro anos mais tarde lançou Um Garoto Chamado Rorbeto, que ganharia o Prêmio Jabuti de melhor livro infantil no ano seguinte. Em 2008 lançou o livro Meu Pequeno Rubro-Negro e um ano depois lança uma versão especial do mesmo livro intitulada de Meu Pequeno Rubro-Negro - Edição Especial do Hexa. No final do ano de 2011 anunciou a publicação de um livro sobre o espírito esportivo em parceria de Laura Malin.
Paralelamente a isso, Gabriel também é um ativista social tendo como projetos o "Pensador Futebol" que investe em jovens jogadores que querem se profissionalizar e junto de Luís Figo e Luiz Felipe Scolari comanda o projeto de futebol chamado "Dream Football" que através do envio de vídeos via internet dá a oportunidade dos participantes serem contratados por times profissionais de futebol. Além de projetos de futebol, ainda tem um projeto social conhecido como "Pensando Junto" que atende as crianças carentes da Rocinha.




Nasceu no bairro Vila Isabel, Zona Norte do Rio de Janeiro, após uma gravidez de alto risco de sua mãe, existindo a possibilidade de que nascesse cego ou surdo ou até mesmo que morresse. Inicialmente se chamaria Pablo, mas sua mãe decidiu seu nome de batismo após ler o livro Cem Anos de Solidão de Gabriel García Márquez. É filho de Belisa Ribeiro e Miguel Contino, que se separaram quando ele tinha apenas seis meses e a partir de então ele foi criado somente por sua mãe. Possui um único irmão materno, Tiago Mocotó, além de diversos irmãos de criação de seus futuros padrastos. Sua ascendência é diversificada, possuindo antepassados italianos, portugueses, espanhóis e ainda gaúchos.
Foi na sua infância, na época em que estudava no colégio Senador Correia e após entrar para a banda do colégio que despertou seu interesse pela música, mas a mudança para São Conrado, Zona Sul, onde conviveu com moradores da favela da Rocinha, foi o que o aproximou ao universo do rap. Com o sucesso "Thriller" de Michael Jackson descobriu o break que segundo o mesmo era "a dança inovadora da cultura hip-hop". A partir de então começou a participar de rodas de break com músicas que ele traduzia de filmes.
Gabriel apareceu pela primeira vez no cenário muscial com a coletânea "Tiro inicial", na década de 1980, junto de MV Bill que também decidiu seguir carreira de rapper. Produzida pelo CEAP (Centro de Articulações das Populações Marginalizadas) e tendo como mentor o político e ativista negro Ivanir dos Santos e como produtor musical Mairton Bahia.




1992-1996: Tô Feliz (Matei o Presidente) e Gabriel o Pensador

Gabriel frequentava aulas de comunicação social na PUC-Rio, onde se sentia terrivelmente inconformado com o conformismo, quando decidiu levar às rádios do país, através de uma fita demo a música "Tô Feliz (Matei o Presidente)" que seria censurada cinco dias depois pelo Ministério da Justiça por diversos motivos que incluíam o incentivo ao assassinato do presidente e conter frases ofensivas ao mesmo, mas que antes disso havia sido muito pedida e chegado a ficar em primeiro lugar entre as mais tocadas. A música falava do então presidente do Brasil, Fernando Collor de Mello, que passava por um processo de impeachment.[] Segundo ele a música não chamou a atenção da Sony Music e ainda afirmou que "as gravadoras são meio 'cabeça dura' quando você está começando", mesmo sem fita demo e somente com letras de músicas, Sérgio Lopes empregado da gravadora disse: "A gente vai conseguir o estúdio pra você, nele você vai poder ter os recursos todos pra fazer duas músicas, a gente avaliar melhor e entender melhor o quê é isso que você está falando, que vai samplear, que vai não sei o quê, a gente não conhece bem e vai fazer esse teste".

" Já fui censurado pelo presidente Collor, meses antes dele ser expulso do poder, devido aos escândalos de corrupção no seu mandato. Meu disco saiu com a mesma versão censurada por ele e ele nada pôde fazer. Não cheguei a receber nenhuma ameaça direta de políticos..."


No ano seguinte, em 1993, contratado pela Sony-BMG e sob o pseudônimo Gabriel o Pensador lançou seu primeiro e homônimo álbum, que tornou-se sucesso nas rádios com as músicas "Lôrabúrra" e "Retrato de um Playboy", que incluía também "175 Nada Especial", cujo clipe mostrava Ronaldo como cobrador de ônibus, além de outras participações como Martinho da Vila, Toni Garrido, Zeca Baleiro e Neguinho da Beija-Flor. Além dessas músicas havia também a primeira faixa, "Abalando", que relembra a censura em "Tô Feliz (Matei o Presidente)" e a compara com a época da ditadura militar onde não havia liberdade de expressão, além de citar um trecho da música "Alagados" do álbum Selvagem? dos Paralamas do Sucesso que critica o capitalismo. O álbum ganhou boa repercussão, vendendo 350 mil cópias, o que fez com que Gabriel logo recebesse o 7º Prêmio da Música Brasileira como revelação masculina do ano na categoria pop rock.
Seu segundo álbum, Ainda É só o Começo, foi lançado em 1994 e provocou polêmica nos meios educacionais com a música "Estudo Errado", o que levou professores e educadores a protestarem,sobre a música afirmou que "crítico a forma de aprendizagem. Decora-se e não se aprende", e também gerou polêmica com "FDP³" ao criticar algumas seitas religiosas e disse que "estou a falar dessas novas seitas que cobram dinheiro aos crentes" e ainda que "é uma coisa absurda: eles têm programas de televisão, teatros e cinemas e até fazem 'shows' no estádio do Maracanã. É uma coisa criminosa" com tantas polêmicas o álbum não repetiu o sucesso do primeiro. "Rabo de Saia", canção desse disco levou Gabriel a ganhar o VMB de 1996 na categoria melhor videoclipe de rap, que ele já havia ganho no ano anterior pelo melhor videoclipe de rap com a música "175 Nada Especial".




1997-2000: Quebra-Cabeça e grande sucesso

Em 1997, Gabriel volta a lançar um disco que seria intitulado Quebra-Cabeça e que continha a pop "2345meia78", além de "Cachimbo da Paz" com a participação de Lulu Santos, "Festa da Música" e "Eu e a Tábua" com a participação de Evandro Mesquita. Seu novo álbum tratava de diferentes assuntos como o alcoolismo ("+ 1 Dose" com a participação do Barão Vermelho), desemprego ("Dança do Desempregado"), violência ("Bala Perdida"), saúde pública ("Sem Saúde") e o abandono de crianças ("Pátria que Me Pariu"), o que fez com que o disco alcançasse a marca de cerca um milhão e meio de cópias vendidas.
Com o sucesso em Portugal e após ganhar em 1998 os prêmios de melhor cantor no Troféu Imprensa e no Prêmio Multishow de Música Brasileira, e ainda pelo melhor clipe com a música "Cachimbo da Paz", além das indicações de escolha da audiência e melhor videoclipe de pop no VMB, ele é escolhido pela banda irlandesa U2 para fazer a abertura de seus shows no Brasil em 1998. A banda e Gabriel não chegaram a se encontrar pessoalmente, mas eles lhe mandaram uma carta onde o chamavam de "Anjo Gabriel" e diziam para "voar ao alto, mas manter os pés na Terra".
No ano seguinte lançou o álbum de compilação, Gabriel o Pensador: As Melhores, que por duas semanas estevem entre os 30 discos mais escutados nas rádios de Portugal. Deu prosseguimento aos seus trabalhos com seu novo álbum Nádegas a Declarar, que contava com "Cachorrada" que de uma forma descontraída fala sobre a desigualdade social, "Cantão" que conta um pouco de sua história, "Brazuca" uma mistura de samba e rap que conta a história de dois irmãos com destinos diferentes, além da segunda parceria com Lulu Santos em "Astronauta" que chegou a concorrer ao prêmio de melhor videoclipe de pop e na escolha da audiência no VMB de 2000. Há também as participações especiais de Fernanda Abreu na faixa-título e de Daniel Gonzaga, filho do cantor Gonzaguinha, na canção "Nâo Dá Pra Ser Feliz" recriada a partir de "Guerreiro Menino (Um Homem Também Chora)", composição de Gonzaguinha gravada por Raimundo Fagner.


2001-2003: Início como escritor e 10 anos de carreira

Em 2001, Gabriel lançou seu quinto disco, Seja Você Mesmo (Mas Não Seja Sempre o Mesmo), que contou com músicas como "Se Liga Aí" e "Até Quando?", um samba-rock sucesso nas rádios além participações especiais como Digão, guitarrista dos Raimundos, em "Tem Alguém Aí?" que aborda o tema sobre os dependentes tanto do álcool quanto das drogas, e ainda do cantor Lenine, em "Brasa". A música "Até Quando?" apenas concorreu como melhor do ano, melhor videoclipe de pop e melhor direção, ganhando somente o prêmio pela melhor edição. No mesmo ano Gabriel teve seu livro Diário Noturno publicado pela Editora Objetiva, "um livro com fotos, páginas de diário, reprodução de provas escolares, poemas e crônicas, insere-se num gênero novo que vem sendo praticado nas últimas décadas a que chamaria de agenda biolírica", o livro foi reimpresso e publicado em 2002, desta vez pela editora Dom Quixote. Luis Fernando Verissimo comentou sobre o livro de Gabriel e seu início na carreira de escritor: "Pessoa pensante e artista falante', Gabriel pensa e diz, ao contrário dos que pensam que pensam e produzem ruído. Já era uma raridade musical, agora é uma raridade literária."
Em 2003, em comemoração aos dez anos de carreira lança em CD e DVD, o show MTV ao Vivo com os seus maiores sucessos como "Lôraburra" que ganhou uma levada funk e versos extras que dizem: "Escravas da moda, vocês é capaz de matar os seus próprios pais", em alusão ao assassinato tramado por Suzane von Richthofen, "Festa da Música Tupiniquim", "Cachimbo da Paz" e "Até Quando?", além das canções inéditas "Retrato de Um Playboy - Parte II", uma continuação para "Retrato de Um Playboy (Juventude Perdida)", "Mandei Avisar", "Cara Feia" e "Racismo É Burrice" que é uma nova versão de "Lavagem Cerebral" com algumas mudanças e uma nova melodia, o álbum também contou com participações especiais de Lulu Santos ("Astronauta"), Ana Lima ("FDP³") e Titãs ("Cara Feia"). Ainda no mesmo ano lançou o álbum Tás a Ver: O Melhor de Gabriel o Pensador exclusivo para Portugal e produzido pela Columbia com uma única música inédita "Tás a Ver?" (com participação de Adriana Calcanhoto).

2004-2009: Cavaleiro Andante e Um Garoto Chamado Rorbeto

Dois anos depois voltou com Cavaleiro Andante, seu sexto disco, sendo este gravado em Nova Iorque e no Rio de Janeiro e mixado por Troy Hightower. No novo trabalho, Gabriel recria "Pais e Filhos" da banda Legião Urbana, em "Palavras Repetidas", em "Bossa 9" usa os versos de Garota de Ipanema de Tom Jobim e Vinicius de Moraes e utiliza do refrão de "Imunização Racional (Que Beleza)" de Tim Maia em "Rap do Feio". Compunham o álbum também "Tudo na Mente", "Sem Neurose", "Sorria" (com participação dos Detonautas), "Tempestade" e a canção "Tas À Ver?" antes lançada somente em Portugal foi lançada no Brasil pela primeira vez nesse álbum. A música "Palavras Repetidas" ganhou dois prêmios no VMB de 2005: melhor videoclipe de pop e melhor fotografia em videoclipe. Outra música do disco, "Deixa Rolar" (feat. Negra Li) compôs a trilha sonora da décima segunda temporada de Malhação, série de televisão da Rede Globo. Após o lançamento desse disco foi dispensado pela gravadora Sony-BMG, que estava em processo de redução e reestruturação de seu elenco.
Ainda, em 2005, Gabriel lança seu segundo livro Um Garoto Chamado Rorbeto publicado pela editora Cosac & Naify, que fala sobre o analfabetismo e aceitação das diferenças, o livro foi escrito pelo mesmo e foi ilustrado por Daniel Bueno. O lançamento do livro em São Paulo aconteceu no dia 12 de outubro, dia das crianças, na Fnac Paulista. O livro foi muito bem recebido pelo público e pela crítica, ganhando no ano seguinte a sua publicação o prêmio mais importante da literatura brasileira o Prêmio Jabuti de melhor livro infantil e ainda a atribuiação de "altamente recomendável" entregue pela FNLIJ. O livro também virou uma peça teatral que teve como roteirista o próprio Gabriel, foi dirigida por Sura Berditchevsky e a direção musical foi feita por ele e seu irmão Tiago Mocotó e a composição musical por André Gomes.

" Olha, sou fã ardoroso do rapaz e fiquei feliz de vê-lo aventurar-se agora pelo mundo da literatura destinada às crianças. Ia acabar acontecendo com o Gabriel o resultado exato de seu talento e de sua criatividade. A história que conta aqui é, como ele, originalíssima, narrada com alegria, e inventiva."

 No ano de 2007 lançou seu primeiro disco voltado ao público infantil, Gabriel o Pensador para Crianças que seria lançado em outubro de 2006, mas foi adiado e também participou do single "Exttravasa", que mais tarde seria lançado no álbum Ao Vivo em Copacabana de Claudia Leitte e ainda do álbum ao vivo Cidade do Samba na música "Boca Sem Dente" junto do grupo Fundo de Quintal. No ano seguinte lançou seu terceiro álbum de compilação, Como um Vício, e o livro Meu Pequeno Rubro-Negro que fazia parte de uma série de livros infantis em que diversos autores contam como nasceram suas paixões por clubes de futebol, o livro foi publicado pela editora Belas-Letras e ilustrado por Mario Alberto. Ainda em 2008, sua música, "Deixa Quieto", que não foi lançada em nenhum disco do cantor, fez parte da trilha sonora da novela da Rede Globo, Negócio da China. Em 2009, lançou Meu Pequeno Rubro-Negro - Edição Especial do Hexa. Ainda no mesmo ano, a música "Tudo Certo" de Gabriel serviu de tema musical para a décima sexta temporada de Malhação.

2010-presente: Sem Crise

Em novembro de 2010, Gabriel cantou pela primeira vez em público a música "Nunca Serão", inspirado no filme Tropa de Elite, no palco da Fundição Progresso e uma semana depois lançou o videoclipe com cenas do filme dirigido por José Padilha no YouTube. No mesmo ano, a música "Só Tem Jogador" em parceria com a banda Bloco Bleque, foi escolhida para compor a trilha sonora do Video game simulador de futebol, FIFA 12, pela Electronic Arts. No ano seguinte, a música "Sim Não Indiferente" escrita por André Moraes e Gabriel fez parte da trilha sonora do filme Assalto ao Banco Central. A pedido do Comitê Olímpico Brasileiro, Gabriel anunciou que escreverá um livro sobre o espírito esportivo em parceria da escritora Laura Malin.
Em 22 de agosto de 2012, lançou em parceria de Jorge Ben Jor o single, "Surfista Solitário", que faria parte de seu próximo álbum. Dois meses depois, e após sete anos sem lançar um disco, Sem Crise, cujo lançamento inicial estava previsto para março 2009, mas que foi adiado devido a outros projetos em que o cantor se envolveu, foi lançado de forma independente.

Gabriel se casou com a atriz e cantora Ana Lima em 1999, a mesma chegou a ser sua backing vocal em algumas músicas e junto a ela teve dois filhos, Tom (em homenagem a Tom Jobim) em 2002 e Davi em 2005, e depois de uma duração de dez anos o casamento foi encerrado em 2009. Gabriel afirmou que "foi uma separação amigável".

 " Realmente, estamos separados, mas continuamos amigos. Não houve briga, nem nada. Foi um momento e resolvemos assim. Continuaremos criando nossos filhos juntos, com muito amor, como eles foram feitos, com muito amor. Estamos tendo todo o cuidado com esta separação por causa dos meninos. Acredito muito em Deus e as coisas vão acontecer da maneira que tem que ser. "

Polemicas

Em 1995, o Coliseu do Porto possivelmente seria vendido a Igreja Universal do Reino de Deus, mas Gabriel, Helena Sá e Costa, os GNR, o Coro do Círculo Portuense de Ópera, António Pinho Vargas, Pedro Abrunhosa, Sérgio Godinho e outras personalidades ligadas à cultura, às artes e à autarquia local, promoveram uma manifestação de repúdio à eventual transação.
Em 2005, ele e Ronaldo na época atacante do Real Madrid, foram intimados a depor sob acusação de uso de drogas, mais especificamente da maconha, segundo o delegado que assumiu o caso os dois foram citados por criminosos em conversas telefônicas interceptadas pela polícia como participantes de uma festa em que houve consumo de drogas, o caso investigava uma quadrilha de distribuição de ecstasy em boates, por telefone e pelo Orkut. Sobre o caso o delegado responsável disse que "Ronaldo e Gabriel serão intimados como testemunhas. São [citados em] declarações deles [os traficantes], e é importante que esclareçam se a festa de fato ocorreu e se sofreram assédio da quadrilha". Mais tarde em resposta as acusações de envolvimento com o tráfico, Gabriel no programa Altas Horas da emissora Rede Globo ironiza as acusações a ele feitas em sua nova música intitulada "Fala Sério" e relembra o escândalo do mensalão de 2005, ocorrido durante o governo do presidente Lula.
Dois anos após sua separação com Ana, Gabriel e sua ex-mulher sofreram um golpe de uma estelionatária, estimado em quarenta mil reais. Eles alugaram um apartamento em São Conrado, durante quatro meses para um homem que Tânia Soares dos Santos Dillon, uma mulher que se dizia corretora apresentou a eles, mas logo descobriram que quem estava morando no apartamento era Tânia e que ela não tinha pago as taxas de condomínio, IPTU, além das contas de gás, luz e TV a cabo. Diogo Souza, advogado de Gabriel afirmou que ele iria pedir indenização por danos materiais e por danos morais.
No início de 2012, foi escolhido para ser o patrono da Feira do Livro de Bento Gonçalves, mas logo após a divulgação do pagamento que ele receberia o escritor Fabrício Carpinejar criticou o alto valor, e em forma de protesto ele cancelou sua participação na Feira através de uma carta onde ele contestava o "cachê absolutamente excessivo de R$ 170 mil". Após a repercussão do caso, o cantor se manifestou alegando que o dinheiro recebido seria usado para a compra de duas mil unidades de seus livros que seriam distribuídos pela prefeitura e que a outra parte seria pelo show, passagens para sua banda e hospedagem, somado aos impostos. Pouco tempo depois ele anunciou o cancelamento do show e da distribuição dos livros, e também, havia renunciado a qualquer tipo de pagamento, dizendo que apenas se manteria como patrono do evento. Oficialmente o contrato entre a prefeitura e a Hip Hop Empreendimentos Artísticos Ltda, empresa de Gabriel, foi desfeito em 3 de maio de 2012 e foi determinado que os valores por ele recebido deveriam ser devolvidos e que o prefeito Roberto Lunelli, deveria dar publicidade aos documentos relativos à contratação do músico. Uma semana depois, em resposta a polêmica, o cantor publicou no site de compartilhamentos de vídeos YouTube a música "Linhas Tortas".

Outras Atividades 

Além da carreira como rapper e escritor, Gabriel também participa de outros projetos. Entre eles estão uma ONG chamada "Pensando Junto" que foi criada após ele se surpreender com a quantidade de evasão escolar entre um grupo de garotos que ele ajudava na Rocinha, inicialmente o projeto não era uma ONG. Entre os serviços prestados pelo projeto estão: reforço escolar, aulas de música, português, matemática, cidadania, breakdance, rap, curso de DJ e artes plásticas. Além das aulas o projeto fornece auxílio odontológico e uma cesta básica a cada criança. A atriz Grazielli Massafera é a madrinha do projeto.
Gabriel também está associado a dois projetos ligados ao futebol. O primeiro é o "Pensador Futebol", que começou após o filho de uma empregada da família que jogava bem precisar de uma oportunidade, e com amigos no futebol graças à música, levou o garoto até um empresário de Porto Alegre, algum tempo depois soube do Duquecaxiense e começou a administrar as categorias de base da equipe da Baixada Fluminense como empresário. Além do próprio projeto também é o embaixador/padrinho do "Dream Football" ao lado de Luiz Felipe Scolari, projeto que é organizado pelo ex-atacante português Luís Figo, onde o mesmo seleciona vídeos de jovens que sonham em ser jogadores de futebol, e cujo o objetivo é promover aos jogadores de comunidades carentes a inclusão social e dar oportunidades em clube profissionais.

 " Vamos fazer uma rede e proporcionar oportunidades para o início de carreira em alguns clubes do Brasil. Será útil para todos. Nenhum garoto terá obrigação comigo, Felipão ou Figo. Vamos avaliá-los e abrir possibilidades. O meu papel é mais para ampliar a rede de relacionamentos com os novos atletas. "


Gabriel também já foi jurado do concurso Soletrando (em sua segunda edição) do programa Caldeirão do Huck e em uma participação especial na novela Caminho das Índias cantou a música "Pimenta e Sal" (parte da trilha sonora da novela) junto da banda Grupo Cultural Afro Reggae. Participou de um comercial do serviço social autônomo Sebrae, que contou a história do ex-pedreiro que virou empresário do ramo de sabão, assim como os também músicos Nando Reis e Arlindo Cruz. Além disso também se tornou garoto propaganda da campanha da Convenção 151 da OIT. Gabriel o Pensador também é garoto propaganda da UNISUAM e costuma ministrar palestras educativas em universidades.




Influencias e estilo Musical

Gabriel iniciou sua paixão pela música na década de 80, quando conheceu o breakdance, o grafitti e o rap, este último através de grupos como Run-D.M.C. e Beastie Boys e até filmes como Beat Street. E aos dezesseis anos, começou a escrever letras de músicas, influenciado por bandas como Public Enemy e Boogie Down Productions. Outros artistas que o influenciaram incluem KRS-One, Bob Marley, Grandmaster Flash, Kurtis Blow, Doug E. Fresh e Ice-T, além de grupos e artistas nacionais como Luiz Gonzaga, Chico Buarque, Eduardo Dusek, Gilberto Gil, Titãs, Martinho da Vila, Legião Urbana, Blitz, Paralamas do Sucesso, Ultraje a Rigor, Lobão e Léo Jaime. Gabriel também disse gostar da música de Eminem e afirmou "gosto do som, do jeito como ele faz as rimas. Isso não posso negar. Mas não gosto do cara, da proposta, do conteúdo da letras, do discurso até de preconceito contra os gays". Além de músicos Gabriel teve influências de escritores e dramaturgos como Carlos Drummond de Andrade, Vinicius de Moraes e Nelson Rodrigues.
Em seu estilo musical prevalece o rap, também há influências do pop, hip-hop, rock, funk, samba e até o reggae, Gabriel costuma usar da sátira, da ironia, do humor, de metáforas e ainda de paradoxos em suas músicas, alguns de seus temas são a desigualdade social, a corrupção, a liberdade, a igreja, a polícia, a pobreza, a violência e o racismo. Seu trabalho critica conceitos comportamentais que se tornaram padrões aceitos do comportamento adulto. Seus principais "alvos" são alguns estereótipos como os playboys, filhos de pais da classe média alta que dependem do dinheiro dos mesmos e que não fazem nenhuma tentativa de conseguirem algo por conta própria, e ainda, as "loiras burras", que podem ser tantou homens ou mulheres atraentes que são bem sucedidos na vida por conta de sua aparência, mas que se recusam a pensar criticamente sobre o seu comportamento.
O musicólogo brasileiro Ricardo Cravo Albin em seu livro O livro de ouro da MPB: a história de nossa música popular de sua origem até hoje define a música de Gabriel o Pensador como "poética sincopada e perspicaz", enquanto o editor Luis Maio do jornal Público caracteriza seu rap como "fraseado, gráfico e fluído", o escritor Affonso Romano de Sant'Anna afirma que se pode ouvi-lo de duas forma diferentes, "o ouvinte espontâneo e ingênuo associa-se ao seu agressivo protesto político e social satirizando a corrupção, as drogas, a alienação de ricos e políticos. Já o ouvinte culto pode ouvi-lo na pauta de nossa produção cultural e fazer algumas correlações. Por exemplo: a relação entre o seu rap e os repentistas nordestinos. Posso até sugerir um termo de confluência - 'rapentista'" e ainda diz que em sua música "Gabriel procura a fala plena, o discurso cheio, contra o minimalismo alienado e alienante, porque não adianta só reclamar bramando".

Premios e Indicações

Gabriel o Pensador em sua carreira musical recebeu dezesseis indicações e venceu nove, ou seja, 56,25% delas. Entre as dezesseis indicações recebidas, a maior parte delas veio do prêmio MTV Video Music Brasil, mais precisamente doze, das quais cinco foram vencidas, resultando em 41,66%, prêmios esse recebidos em 1995, 1996, 1998, 2000,2001 e 2005. Gabriel também foi indicado ao Prêmio da Música Brasileira, Troféu Imprensa e Prêmio Multishow de Música Brasileira, ganhando todos prêmios nas categorias em que foi indicado. Além de prêmios musicais ganhou também o prêmio literário mais importante do Brasil, o Prêmio Jabuti de Literatura.



Gabriel o Pensador - Linhas Tortas (Clipe Oficial)








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Biquini Cavadão







Biquini Cavadão é uma banda de rock brasileira formada em 1983 no Rio de Janeiro. Composto por Bruno Gouveia, Carlos Coelho, Miguel Flores e Álvaro "Birita" Lopes tendo como músicos convidados o baixista e produtor Marcelo Magal e o saxofonista Walmer Carvalho, a banda fez parte da segunda geração de bandas dos anos 1980.






Início (1985-1993)
Surgido em 1983, o Biquíni Cavadão nasceu do encontro, ainda em colégio, de Bruno Gouveia (vocal), Miguel Flores da Cunha (teclados), Sheik (baixo) e Álvaro Birita (bateria). Descobertos por Carlos Beni - ex-baterista do Kid Abelha - contaram com a ajuda de Herbert Vianna, dos Paralamas do Sucesso, na gravação de sua primeira música - "Tédio" - cuja execução na Rádio Fluminense FM lhes rendeu o primeiro disco na Polygram. De Herbert também veio a sugestão do nome da banda. Não demorou muito para eles completarem a formação com Carlos Coelho nas guitarras. Já no primeiro ano, "Tédio" se destacou entre as melhores canções de 1985 e a banda ganhou prêmios como revelação. O primeiro LP trouxe ainda mais participações especiais: Celso Blues Boy e Renato Russo abrilhantaram Cidades em Torrente, eleito um dos dez melhores discos de rock de 1986, e que ainda trazia sucessos como "Timidez", "Múmias" e "No Mundo da Lua". Primeira banda a participar do célebre Projeto Pixinguinha, o grupo percorreu o Brasil de norte a sul em tournée, enquanto compunha seus novos trabalhos. A Era da Incerteza, lançado em 1987, chamou a atenção da crítica, enquanto Zé (89) apresentava um banda que amadurecia diante de seu público, expondo-os em letras sobre críticas sociais, confissões pessoais e uma certa apologia à pessoa comum.
O Biquíni era a banda caçula do Rock Nacional. Alçaram o estrelato com apenas 18 anos, mas dividiam histórias comuns a todos. Este poder de síntese e a capacidade de falar a língua do cidadão comum é que gerou seu quarto disco Descivilização. "Zé Ninguém" entrou nas rádios em momento delicado do país. Seu refrão acabou sendo usado nas ruas pelos estudantes que pediam a saída do presidente Collor. Outras músicas do disco tocaram, como "Impossível" e "Cai Água, Cai Barraco", mas foi "Vento Ventania" que consagrou a banda. A música foi mais a executada nas rádios em 92. Ganharam novos prêmios, destaques e um convite para abrir o Red Hot Chili Peppers no Hollywood Rock, em janeiro do ano seguinte. Os shows seguiram intensos por todo país.





Contrato com a Sony Music e investimento na área digital
Em pleno auge, mudaram-se para a Sony, lançam o quinto disco, Agora, e "Chove Chuva", um clássico de Jorge Benjor, ganhou uma nova roupagem pela banda. De 94 a 98, os integrantes investiram em projetos pessoais, lançaram um livro de partituras, apostaram em estúdios de gravação, tocaram nos Estados Unidos, produziram discos de artistas, do rock ao erudito, e ingressaram pioneiramente na Internet. Com o primeiro email para contato dos fãs, primeiro site oficial de uma banda, fecham acordo com a UNISYS e lançam um CD que visava, já em 1998, a inclusão digital, contendo um kit de acesso à Grande Rede e uma faixa interativa. O nome do disco não poderia ser outro: biquini.com.br. Lançado pela BMG, "Janaína" logo se destacou como novo hit, seguido de Sabor do Sol. Coletâneas da banda também chegaram às cem mil cópias, e eles fizeram shows e apresentações em Portugal. Imersos na tecnologia, gravam o disco seguinte com transmissão de fotos diretamente do estúdio, além de incluírem um diário de todo o processo - isto quase 5 anos antes de alguém falar em blog ou fotolog. Escuta Aqui, que teve apoio da Apple trouxe mais uma faixa interativa, sucessos como "Quando Eu Te Encontrar", "Você Existe, Eu Sei" e a faixa título. Neste ano, completaram mil shows e tiveram sua primeira baixa. Sheik saiu no fim de 2000.





Retorno à Universal (2001)
Reduzidos ao um quarteto, em 2001, o Biquíni voltou para a Universal, participaram do Rock In Rio III e lançaram um disco interpretando sucessos de seus amigos e contemporâneos da década de 80. As versões da banda para "Carta Aos Missionários" e "Toda Forma de Poder" do disco 80 ganharam força nos palcos, mas foi "Múmias", do próprio Biquíni, que voltou com tudo nas rádios. A canção trazia a voz original de Renato Russo (morto há cinco anos) em novo arranjo da banda para os versos "esperamos pela vida vivendo só de guerra". Tomou de assalto as rádios coincidentemente na época dos ataques de 11 de Setembro. Com uma formação diferente no palco, incluindo metais, o grupo foi gradativamente aumentando sua força nos shows pelo país. Uma nova geração veio a descobrir o Biquíni Cavadão, especialmente aquela que ia aos grandes festivais: gente que muitas vezes nem era nascida quando a banda surgiu, mas que sabia de cor as canções antigas (embaladas por pais, tios, primos mais velhos) e as novas "Dani", "Quanto Tempo Demora Um Mês" e "Vou Te Levar Comigo".






Ceará Music 2004 e a gravação do primeiro DVD (2004)
O resultado disso foi gravado em Fortaleza, no Ceará Music de 2004 e se transformou no primeiro DVD do grupo, celebrando vinte anos com as marcas de CD de ouro e DVD de platina, além de uma extensa tour por todo país. Fizeram shows fora do país, tornaram presença obrigatória nos principais festivais e iniciaram um novo ciclo, agora independentes. Gravaram três discos de uma só vez: as coletâneas 1985/2007 vols. 1&2 e o disco de inéditas Só Quem Sonha Acordado Vê O Sol Nascer e não param de colecionar sucessos, como a faixa Em Algum Lugar No Tempo. Em 2008, entraram no Circo Voador, Rio de Janeiro, no dia 20 de Setembro e gravaram para a Somlivre seu segundo CD e DVD. O sucesso do disco "80" rendeu-lhes o convite para um volume 2, desta vez, ao vivo. Com convidados projetados num telão digital, o Biquini fez uma homenagem ao rock brasileiro trazendo várias participações. O rock da nova geração se fez presente com Tico Stª Cruz (Detonautas) e Egypcio (Tihuana) enquanto Claudia Leitte e Hudson (solando guitarra) provaram que o rock também influenciou artistas de outros estilos. A turnê deste CD varreu o país por mais de vinte estados e mais de cem shows em 2009. Ao mesmo tempo, o primeiro DVD Ao Vivo chegou à marca de diamante com mais de cem mil cópias vendidas, totalizando mais de um milhão de discos em sua carreira. Com presença nos principais festivais do ano (Triângulo Music, Ceará Music, Piauí Pop, Fest Music Belém, Festival de Inverno de Brasília, Festival de Verão de Salvador…) o grupo compôs uma nova música em parceria com Lucas Silveira do grupo Fresno e fez seu lançamento no final de 2009.






Roda-Gigante
A banda se prepara agora para lançar um disco novo, batizado de “Roda-Gigante”, que vai ser lançado tanto em formato de CD quanto em pen-drive, um formato inovador que permite que a banda libere, de forma gratuita, atualizações ao disco, como versões acústicas ou faixas lado B.
O CD terá a distribuição da Warner Music Group. O grupo assinou com a gravadora em janeiro de 2013.





Biquini Cavadão - Impossível







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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Engenheiros do Hawaii








Engenheiros do Hawaii é uma banda brasileira de rock alternativo, formada em 1984 na cidade de Porto Alegre, que alcançou grande popularidade com suas canções irônicas e críticas. O vocalista Humberto Gessinger é o único integrante original a permanecer no grupo até hoje.

Quatro estudantes da Faculdade de Arquitetura da UFRGS - Humberto Gessinger (vocal e guitarra), Carlos Stein (guitarra), Marcelo Pitz (baixo) e Carlos Maltz (bateria) - resolveram formar uma banda apenas para uma apresentação em um festival da faculdade, que aconteceria por protesto à paralisação de aulas. O primeiro show da banda foi em 11 de janeiro de 1985. Escolheram o nome Engenheiros do Hawaii para satirizar os estudantes de engenharia que andavam com bermudas de surfista, com quem tinham uma certa rixa. Começaram a surgir propostas para novos shows e, após, algumas apresentações em palcos alternativos de Porto Alegre juntamente com uma série de shows pelo interior do Rio Grande do Sul. A banda, em menos de quatro meses de carreira já consegue gravar duas músicas na coletânea Rock Grande do Sul (1985) com diversas bandas gaúchas, em razão de uma das bandas vencedoras do concurso adicionador à coletânea ter desistido da participação do álbum na última hora. Quando a banda seguiu com seus ensaios, durante a greve da faculdade, Carlos Stein realizou uma viagem, o que acabou inviabilizando sua permanência no grupo, e, tempos depois, ele passa a integrar a banda Nenhum de Nós. Meses passaram, e os Engenheiros do Hawaii gravam o seu primeiro álbum: Longe Demais das Capitais, em 1986. O norte musical do disco apontava para um som voltado à música pop, muito próximo ao ska de bandas como o The Police e Os Paralamas do Sucesso. Destacam-se as canções "Toda Forma de Poder", que foi tema da novela Hipertensão da Rede Globo e "Segurança", além de "Sopa de Letrinhas" e "Longe Demais das Capitais".
Antes de começarem as gravações do segundo disco, Marcelo Pitz deixa a banda por motivos pessoais. Com Gessinger assumindo o baixo, entra o guitarrista Augusto Licks, que havia trabalhado com Nei Lisboa, conhecido músico gaúcho. Os Engenheiros lançam o disco A Revolta dos Dândis, em 1987. A banda muda o direcionamento temático, iniciando uma trilogia baseada no rock progressivo, com discos com repetições de temas gráficos e musicais e letras em que ocorre a auto-citação. Os arranjos musicais são influenciados pelo rock dos anos 60, as letras são críticas, com ocorrência de várias antíteses e paradoxos e aparecem citações literárias de filósofos, como Albert Camus e Jean-Paul Sartre. Destaque para os hits "Infinita Highway", "Terra de Gigantes", "Refrão de Bolero" e a faixa título, dividida em duas partes. Começam os shows para grandes plateias nos centros urbanos do país, como o festival Alternativa Nativa, realizado entre 14 e 17 de junho de 1987. A partir desta data, os Engenheiros encheriam ginásios e estádios pelo Brasil afora. Porém, houve polêmicas e a banda chegou mesmo a ser acusada de elitista e fascista pelo conteúdo de suas letras. As polêmicas se intensificaram quando membros da banda se apresentaram com camisetas estampadas com a Estrela de Davi e a Suástica. O disco seguinte, Ouça o que Eu Digo: Não Ouça Ninguém, de 1988, pode ser visto como uma continuidade do anterior, tanto pelo trabalho da capa do álbum como pelo tema e estilo de suas canções. Destaque para as músicas "Somos Quem Podemos Ser", "Cidade em Chamas", "Tribos & Tribunais", a faixa-título e "Variações Sobre o Mesmo Tema", esta última uma homenagem à banda Pink Floyd, com sua estética progressiva e dividida em três partes. O álbum também marca a saída dos Engenheiros da cidade de Porto Alegre, indo morar no Rio de Janeiro. Consolidada a nova formação, os Engenheiros lançam Alívio Imediato, de 1989, quarto disco da banda e o primeiro registro ao vivo. Suas canções mostram uma retrospectiva de suas principais canções e as novas perspectivas a serem incorporadas, em especial o som mais eletrônico, presente na faixa título e na música "Nau à Deriva", ambas gravadas em estúdio e as demais gravadas ao vivo no Canecão, no Rio de Janeiro.





O disco seguinte, O Papa é Pop, de 1990 consolida a mudança de sonoridade da banda. Puxados pelo sucesso "Era um Garoto Que Como Eu Amava os Beatles e os Rolling Stones", regravação de uma velha canção do grupo Os Incríveis (por sua vez versão da canção "C'era un ragazzo che come me amava i Beatles e i Rolling Stones" de Gianni Morandi), e a faixa-título, o quinto disco dos Engenheiros investe no som progressivo, calçado nos solos de guitarra de Licks e em uma base mais eletrônica de teclados e bateria. Gessinger passa a assumir também os teclados da banda e começam a surgir as baladas de piano e voz da banda. São dele as canções "Anoiteceu em Porto Alegre", "O Exército de um Homem Só" (dividida em duas partes), "Pra Ser Sincero" e "Perfeita Simetria" (versão alternativa da canção "O Papa é Pop"). Em meio aos novos sucessos, uma antiga canção, "Refrão de Bolero", oriunda do segundo disco, A Revolta dos Dândis, também era bastante executada pelas rádios. Aclamados pelo público e massacrados pela crítica, os Engenheiros do Hawaii consagram-se no Rock in Rio II, arrancando elogios do jornal americano New York Times, apesar de ignorados pela Folha de São Paulo. O ano de 1991 marca o lançamento do sexto disco, Várias Variáveis, que completa a trilogia iniciada no segundo e terceiro discos da banda. Há redução dos efeitos eletrônicos e a retomada de um som mais rock 'n' roll, mas não repete o mesmo sucesso do anterior, mesmo tendo a canção "Herdeiro da Pampa Pobre", regravação de um antigo sucesso de Gaúcho da Fronteira, bastante executada nas rádios. Este é um dos discos que contém as melhores letras do grupo, porém, o som não é o forte do álbum, sendo o mesmo questionado hoje até pelo próprio Gessinger. Pode-se dizer que foi um disco seminal, pois canções como "Piano Bar", "Muros & Grades" e "Ando Só", em regravações em outros discos, estabeleceram-se como algumas das melhores da banda. No ano seguinte, 1992, é lançado o sétimo disco, Gessinger, Licks & Maltz, ou GLM, inspirado no famoso logotipo ELP de Emerson, Lake & Palmer.
O som continua mesclando elementos de MPB e rock progressivo, com destaque para as canções "Ninguém = Ninguém", "A Conquista do Espaço", "Pose (Anos 90)" e "Parabólica", canção que Gessinger fez em homenagem a sua filha Clara, nascida em fevereiro do mesmo ano. O oitavo disco dos Engenheiros é o semi-acústico Filmes de Guerra, Canções de Amor, de 1993, gravado ao vivo na Sala Cecília Meireles, no Rio de Janeiro. A banda considerava este disco como acústico, pois condicionava tal formato à ausência de bateria e às guitarras semi-acústicas. Na época não existia a febre de acústicos gravados pelos grandes nomes nacionais, o que denota o caráter visionário da banda. O disco foi gravado ao vivo por uma decisão da banda de gravar um álbum ao vivo a cada três álbuns, uma ideia da banda Rush, que faz o mesmo. Com guitarras acústicas, percussão, piano, acordeão e participação da Orquestra Sinfônica Brasileira em três faixas, regida por Wagner Tiso, as velhas canções – como "Muros & Grades", "O Exército de um Homem Só" e "Crônica" – e novas composições – como "Mapas do Acaso" e "Quanto Vale a Vida?", ganharam arranjos que apontavam para o blues, a música tradicionalista e a erudita, ressaltando a excelente qualidade das letras dos Engenheiros do Hawaii. A banda chegou a participar, ainda no mesmo ano, do festival Hollywood Rock Brasil, junto com os brasileiros do Biquini Cavadão, De Falla, Dr. Sin e Midnight Blues Band. Entretanto não foram bem recepcionados e receberam muitas vaias. Eles se apresentaram no mesmo dia de L7 e Nirvana. O ano de 1993 marca também a primeira excursão dos Engenheiros pelo Japão e Estados Unidos. Porém, no final deste mesmo ano, discussões e rixas internas acabaram por resultar na saída do guitarrista Augusto Licks. Inicia-se uma longa disputa jurídica pela marca "Engenheiros do Hawaii", tendo Gessinger e Maltz finalmente ficado com o nome da banda.






O passo seguinte foi remontar os Engenheiros, com a entrada do guitarrista Ricardo Horn. Posteriormente, também ingressam na banda: Paolo Casarin (acordeom e teclados) e o guitarrista Fernando Deluqui (ex-RPM). Após dois anos sem gravar, os Engenheiros lançam em 1995 o álbum Simples de Coração. O som é mais pesado, com climas regionais gaúchos dados pelo acordeão de Casarin. Destaque para as canções "A Promessa", "A Perigo", "Lance de Dados", "Ilex Paraguariensis" e "Simples de Coração". Havia ainda a canção "O Castelo dos Destinos Cruzados", em que o baterista Maltz assume os vocais. O disco Simples de Coração também teve uma versão em inglês, que não chegou às vendas. Os fãs mais assíduos têm apenas as MP3s. Paralelamente às gravações do Simples de Coração, Gessinger monta o trio "33 de Espadas", para tocar música instrumental. Ao fim da turnê de Simples de Coração, a banda passou por uma grave crise, pois a formação "quinteto" era temporária. Longe do sucesso de outros tempos, os Engenheiros começam a pensar em seguir outros caminhos. O "33 de espadas" faz sua estréia já com a formação que viria se chamar "Humberto Gessinger Trio", tendo Luciano Granja na guitarra e Adal Fonseca na bateria. O grupo lançou o disco, também intitulado "Humberto Gessinger Trio" (HG3), em 1996. O clima enxuto do disco, basicamente com bateria, baixo e guitarra, lembra os primeiros trabalhos de Gessinger, como exemplificam as canções "Vida Real", "Freud Flintstone", "De Fé" e "O Preço". Paralelo a esse fato, Carlos Maltz envolve-se numa trilha mística e resolve abandonar os Engenheiros. A partir daí, o baterista monta o grupo "A Irmandade". Durante a turnê do Humberto Gessinger Trio, há uma constante troca de nome das bandas. Os shows que deveriam ser anunciados como HG3 ainda eram apresentados como Engenheiros do Hawaii.
A verdade é que para um produtor anunciar um show dos Engenheiros do Hawaii, banda nacionalmente conhecida era muito mais fácil e rentável que apresentar como Humberto Gessinger Trio, nome absolutamente desconhecido. Reconhecendo que era inviável seguir com o nome da nova banda, Gessinger volta a admitir-se como um Engenheiro do Hawaii. Para que haja alguma diferença entre o HG3 e o "novo" Engenheiros do Hawaii, ele convida Lúcio Dorfmann a assumir os teclados do grupo, configurando um novo som ao grupo, bem próximo ao pop que predominava no mercado musical da época. O disco Minuano, de 1997, marca a volta dos Engenheiros do Hawaii com este nome. O álbum mescla influências regionalistas, tecnologia e que conta com arranjos de violino que lembram o folk, tornam este o disco mais leve e com a sonoridade mais vaga da banda. Emplaca o sucesso "A Montanha", além de outras belas canções como "Nuvem", "Faz Parte" e "Alucinação", uma cover para uma antiga canção de Belchior. O disco ainda marcou a saída dos Engenheiros do Hawaii da BMG. A saída se deu com o lançamento de um box em formato de lata, intitulado Infinita Highway, contendo o relançamento de todos os dez discos da banda até então. Todos foram remasterizados, com exceção dos dois últimos (Simples de Coração e Minuano foram gravados já para o formato CD). ¡Tchau Radar!, de 1999, marca a entrada dos Engenheiros para a Universal Music Group e exibe uma maior maturidade do grupo, onde as influências musicais da banda ficam mais evidentes (folk rock, rock'n roll dos anos 60, rock progressivo e MPB) com belas composições de Gessinger, como "Eu Que Não Amo Você", "Seguir Viagem" e "3 X 4" além de duas covers: "Negro Amor" ("It's All Over Now Baby Blue", de Bob Dylan) e "Cruzada" (de Tavinho Moura e Marcio Borges), esta contando com arranjos de orquestra, como é comum em várias faixas do álbum.






Da turnê de ¡Tchau Radar!, surgiu o terceiro disco ao vivo da banda, e o décimo segundo de sua carreira: 10.000 Destinos. Novamente, Gessinger repassa o repertório consagrado da banda em novas versões divididas em um set acústico e um elétrico e conta com a participação de Paulo Ricardo, cantando "Rádio Pirata" do RPM, e do gaiteiro Renato Borghetti nas canções "Refrão de um Bolero" e "Toda Forma de Poder". Como faixas-bônus, gravadas em estúdio, acompanham as inéditas "Números" e "Novos Horizontes", além da regravação de "Quando o Carnaval Chegar", de Chico Buarque. Alguns meses após a apresentação no Rock in Rio III (2001), Lúcio, Adal e Luciano saem da banda e montam outro grupo, Massa Crítica, mudando novamente a formação dos Engenheiros. Lúcio, Adal e Luciano são substituídos por Paulinho Galvão (guitarra), Bernardo Fonseca (baixo) e Gláucio Ayala (bateria). Gessinger volta a tocar guitarra, após 14 anos responsável pelo contrabaixo dos Engenheiros. Com essa nova formação eles regravam algumas músicas da banda e lançam uma re-edição de seu último disco, agora intitulado 10.001 Destinos. Duplo, traz as mesmas faixas do disco precursor, e novas versões de estúdio das canções "Novos Horizontes", "Freud Flinstone", "Nunca Se Sabe", "Eu Que Não Amo Você", "A Perigo", "Concreto e Asfalto" e "Sem você".
Começava com esta formação, seguindo novamente o mercado musical (quando bandas mais pesadas começaram a ter mais espaço), de som mais limpo e pesado. Isso se confirma em 2002, com o lançamento do disco Surfando Karmas & DNA, disco que consolida a nova fase da banda, e que tem a participação especial do ex-Engenheiros Carlos Maltz na faixa "E-stória". São destaques do disco a faixa título e as canções "Terceira do Plural", "Esportes Radicais", "Ritos de Passagem" e "Nunca Mais". Há influência do punk rock e pop rock nas novas canções. O disco seguinte, Dançando no Campo Minado, de 2003, mantém a regra: sonoridade muito similar ao seu antecessor com músicas curtas, guitarras pesadas e poesia crítica de Gessinger denunciando os males da globalização, da desilusão política e ideológica e da guerra, nas canções "Fusão a Frio", "Dançando no Campo Minado", "Dom Quixote" e "Segunda Feira Blues" (partes I e II, esta última novamente com a participação de Carlos Maltz), porém, convivendo com um certo otimismo na parte mais emotiva da vida. Emplaca nas rádios a canção Até o Fim.

Para comemorar os vinte anos de banda, completados em 2005, os Engenheiros do Hawaii lançaram o CD e DVD Acústico MTV. O acústico tem as participações especiais dos músicos Humberto Barros (órgão Hammond) e Fernando Aranha (violões). Este último já havia feito uma participação especial no disco anterior. O disco se diferencia dos demais por não trazer participações especiais, apenas "fraternais": Clara Gessinger, filha de Humberto, divide os vocais com o pai na canção Pose (executada com parte da letra cortada) e Carlos Maltz, co-fundador e ex-baterista dos Engenheiros, que canta junto com Gessinger a canção Depois de Nós, de sua autoria. Além dos grandes sucessos, como Infinita Highway, Somos Quem Podemos Ser e O Papa é Pop e das canções recentes, como Surfando Karmas & DNA e Até o Fim, o disco traz as canções O Preço e Vida Real, ambas do álbum Humberto Gessinger Trio. Por fim, acrescentam-se ainda as canções inéditas "Armas Químicas e Poemas" e "Outras Frequências". Durante a turnê do Acústico, Paulinho Galvão deixa a banda e seu posto é assumido por Fernando Aranha. Nos teclados, por sua vez, o jovem Pedro Augusto assume o lugar de Humberto Barros, que já fazia parte da banda de apoio do Kid Abelha.
O novo disco, Acústico II: Novos Horizontes, foi gravado nos dias 30 e 31 de maio de 2007, em São Paulo, no Citibank Hall, e foi lançado em agosto de 2007 com nove faixas inéditas, além de nove regravações. O disco quebrou a seqüencia de a cada 3 discos em estúdio, ser gravado um "ao vivo". Também foi palco de novas experiências para Gessinger, como a viola caipira que usa em algumas músicas do álbum. Segundo ele, se tivesse que rever todas as obras dos Engenheiros do Hawaii, 'Novos Horizontes' é o que não mexeria em nada. Destaque maior para as faixas inéditas "Guantánamo", "Coração Blindado", "No Meio de Tudo, Você" e "Quebra-Cabeça". No fim de 2007, o então baixista Bernardo Fonseca sai da banda e Humberto Gessinger assume o baixo. Desde então a banda voltou a utilizar guitarras em seus shows. No ano de 2008, após shows pelo Brasil inteiro, a banda termina a turnê acústica, começada em 23 de julho de 2004 com o lançamento do Acústico MTV.

 Junto com a turnê terminam, pelo menos temporariamente, as atividades dos os Engenheiros do Hawaii. O vocalista e líder da banda, Humberto Gessinger declarou no site oficial da banda que os planos de retorno da banda são somente no ano de 2013. Lembrando que já é a quarta vez que Gessinger adia o retorno dos Engenheiros. Nos últimos quatro anos, Gessinger vem se dedicando ao Pouca Vogal, parceria com Duca Leindecker, vocalista do Cidadão Quem. Juntos eles cantam novas baladas e grandes sucessos de suas bandas. Também lançou 4 livros:Meu Pequeno Gremista, Pra Ser Sincero - 123 Variações Sobre Um Mesmo Tema" no final de 2009, Mapas do Acaso - 45 Variações Sobre Um Mesmo Tema em fevereiro de 2011, o livro-agenda 366 Variações Sobre o Mesmo tema no final de agosto de 2011 e o livro Nas Entrelinhas do Horizonte em abril de 2012.





Engenheiros do Hawaii - Infinita Highway 

 




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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Daft Punk



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Daft Punk é uma dupla de música eletrônica formada pelo luso-francês Guy-Manuel de Homem-Christo e pelo francês Thomas Bangalter. Eles alcançaram significativa popularidade na França no final dos anos 1990, no segmento musical de tendência house. Nos anos seguintes, consolidaram o sucesso combinando elementos de house com synthpop. A dupla também é creditada pela produção de canções consideradas essenciais no panorama da French house. Entre 1996 e 2008, a sua carreira musical foi gerida por Pedro Winter (Busy P), chefe da gravadora Ed Banger Records.

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No início de suas carreiras, os dois membros do Daft Punk integraram a banda Darlin', projeto influenciado pela sonoridade dos Beach Boys e Rolling Stones, mas rapidamente dissolvido. Guy-Manuel de Homem-Christo e Thomas Bangalter formaram então o Daft Punk, vindo a lançar em 1997 o seu aclamado álbum de estréia, Homework.Em 2001 foi lançado com ainda maior sucesso o segundo trabalho, Discovery, contendo os singles "One More Time", "Digital Love" e "Harder, Better, Faster, Stronger". Em março de 2005 a dupla lançou o álbum Human After All, e apesar de algumas críticas terem afirmado que o som era repetitivo, isso não impediu o sucesso dos hits "Robot Rock" e "Technologic" nos charts do Reino Unido. Em 2006, iniciaram uma turnê que se prolongou até 2007, originando o álbum ao vivo Alive 2007, que foi premiado com um Grammy na categoria "Melhor Álbum de música Eletrônica/Dance". A dupla compôs ainda a trilha sonora para o filme Tron: Legacy, que resultou no lançamento do álbum de mesmo nome em 2010.


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Em 2013, a banda lançou o seu mais recente álbum, Random Access Memories. Deste destaca-se a música de maior sucesso,Get Lucky, uma parceria com o músico Pharrell Willliam, um êxito a nível mundial.
A dupla é reconhecida por apresentar elaborados shows ao vivo, nos quais os diversos elementos e efeitos visuais são incorporados em sincronia com as suas produções musicais, bem como por usarem trajes ornamentados com temas robóticos, tanto em público quanto no palco.

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Daft Punk - Around The World



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